A influência do desempenho no código icônico sobre o desempenho no código verbal, em etapas de realização sucessivas

Denise Dantas*

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Atualmente, é reconhecida a importância da imaginação criadora em todas as áreas do trabalho humano. Beaudot (1975) levanta o problema na França, ressaltando a necessidade de modificação do sistema educacional com vista a favorecer o desenvolvimento da atitude criativa nos futuros profissionais do país. 

Segundo Cropley (Beaudot, 1975) “uma das condições do pensamento divergente é a amplitude de categorização, isto é, a capacidade de organizar a informação, os dados do mundo exterior em categorias amplas”. Considerando que Guilford, no seu modelo tridimensional da mente, estabelece dois tipos de pensamento, convergente e divergente, e atribui a este último a responsabilidade pelo produto criativo, temos na afirmação de Cropley a revelação da importância da receptividade, da apreensão do mundo exterior de forma ativa na criatividade dos indivíduos.

Tendo em vista as considerações acima mencionadas, tentou-se neste estudo verificar se a utilização de códigos diferentes em etapas sucessivas favoreceria uma ampliação das categorias do código usado por último, decorrendo num produto mais criativo.

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Aluna do 5º período da Graduação em Psicologia [UFRN 1979.1]

MÉTODO

Sujeitos

Foram selecionados 4 sujeitos, tendo como critérios de homogeinização da amostra a idade (10 anos), o nível de escolarização (4ª série do 1º grau) e a classe socioeconômica a que pertenciam (média).

Material

Foram utilizados 4 cartazes (cartaz nº 1 com as palavras: xícarabulepires colher; cartaz nº 2 com os desenhos dos elementos acima citados; cartaz nº 3 com as palavras: sapatocamisacalça ecinto; e cartaz nº 4 com os desenhos dos elementos imediatamente acima citados), papel para desenho, lápis, borracha, papel pautado e uma folha de instruções (em anexo).

Procedimento

Os sujeitos foram divididos em dois grupos para a realização da coleta de dados, processada individualmente, em função do tipo de estimulação aplicada.

Apresentando os cartazes da forma abaixo especificada e de acordo com as instruções, solicitou-se dos grupos a realização das seguintes tarefas:

Grupo I:

                        Exposição do cartaz nº 1

  1. Que fizesse um desenho
  2. Que fizesse uma redação

                      Exposição do cartaz nº 4

  1. Que fizesse um desenho
  2. B) que fizesse uma redação

Grupo II:

                        Exposição do cartaz nº 3

  1. Que fizesse uma redação
  2. Que fizesse um desenho

                      Exposição do cartaz nº 2

  1. Que fizesse uma redação
  2. Que fizesse um desenho

RESULTADOS

DISCUSSÃO

Tabelas

REFERÊNCIAS

Beaudot, Alain. A criatividade na escola. São Paulo, Ed. Nacional, 1975.

Eco, Humberto. A estrutura ausente; introdução à pesquisa semiológica. São Paulo, Perspectiva, Ed. da USP, 1971, p. 115 a p.134.

FOLHA DE INSTRUÇÕES

Os dados devem ser coletados individualmente, observando-se os seguintes aspectos:

– o ambiente deve ser tranquilo, sem ruídos que perturbem a atenção do sujeito e isolado da movimentação de pessoas;

– os cartazes devem ser fixados a uma altura que fique ao nível dos olhos do sujeito e a uma distância de 1,5 m;

– o material deve ser apresentado na medida da necessidade da tarefa, devendo ele todo ser retirado da vista do sujeito quando ele a terminar;

– o tempo é ilimitado, devendo este ponto ser bem esclarecido ao sujeito;

– deve ser enfatizado que as tarefas devem ser realizadas com total liberdade por parte do sujeito, não estando em consideração os valor de beleza e correção.

(ANEXO I)