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O NASCER DO BLOG: PROJETO IN GERUNDIO… 26.02.2012

11/04/2023

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1.1. PROPONDO

Quem – apresentação

Quem sou (Quem era)

Denise Dantas, formação a ziquezaguear da Arquitetura para a Psicologia, para as Ciências Sociais (mestrado) e a Psicologia Clínica (doutorado), tendo sido aconselhada a dizer isso em forma mais sofisticada, ou seja, ‘formação multifacetada’, o que para mim não elimina a visão da dança das escolhas. Acreditando que A Vida é Arte no Gerúndio, aposentei-me na profissão de professora de Psicologia na UFRN para continuar viva no trabalho diário do espírito. Profissão atual: Aluna. Nasci em 1948, adoro informática, mas sofro as injunções de uma geração que ainda usou régua de cálculo para fazer provas nas disciplinas do curso de Arquitetura nos anos 60-70 do século passado. Em minha defesa, digo que já desmontei um PC e montei de volta num curso de Manutenção e Suporte de Computadores, mesmo  que tenha encerrado e esquecido aí tudo o que aprendi. Ainda assim, aprender é sempre um prazer, em si mesmo!

O Quê – objeto

Definir o objeto… eis a grande questão que deveria ser sempre a primeiríssima de todas. Mas, venho fugindo de parar para pensar nisso e acredito que saiba um pouquinho a razão de estar fazendo isso. É que este, ao que parece, irá ser UM BLOG DE UMA NÃO-BLOGUEIRA!

Pois, nada mais distante da linguagem da internet – como lembrou bem uma amiga, essa sim, blogueira para valer – do que a minha fala prolixa e cheia de veredas que deixam o ouvinte, ou leitor, muitas vezes tonto, a pensar que eu não chegarei ao destino esperado.

A minha primeira idéia foi compartilhar o que já escrevi, abrindo espaço para novas escriturações, à medida em que fossem sendo elaboradas pelos fatos da vida. Isso porque eu estaria unindo duas coisas que me dão prazer: escrever e operar o computador. Ao mesmo tempo, pensei que seria difícil contar com um público, na medida em que não sou escritora e iria apenas expressar vivências e/ou reflexões pessoais. No meio do mar infinito de blogs na rede, para um blog conquistar um público precisa contar com caraterísticas que, acredito, não estão presentes no Imparidade.

Daí, mais uma contradição se instalou: me dei conta de que iria COMPARTILHAR NO VAZIO DE PÚBLICO.

Com isso, talvez eu enfim tenha condição de definir O QUÊ virá a se constituir no objeto deste blog: IMPARIDADE. Em todo caso, torço que você apareça, leia e promova a constituição de uma PARIDADE momentânea.

1.2. VISANDO

Para Quê / Para Quem = objetivos

Compartilhar escritos antigos e novas reflexões pessoais na forma de um diário virtual, aberto também às expressões de quem quiser comentá-lo… Imparidade/Paridade… O universo de leitores pode ser apenas imaginário, mas, em princípio, é constituído por todos aqueles que, ao tomarem conhecimento do blog, queiram visitá-lo.

1.3. JUSTIFICANDO

Por Quê = justificativa

Brincar com as palavras no tabuleiro das Palavras Cruzadas foi o jogo que mais me fisgou quando criança. Pensar o tempo todo sobre coisas simples foi sempre minha forma de respirar a vida. Escrever aqui o que penso talvez seja uma busca de me situar no espaço transicional da tensão imparidade/paridade.

Mas, há também o espírito do que diz Drummond (v. parte sublinhada e grifada em negrito) em seu conselho  à filha, reproduzido abaixo:

07 de julho de 1950,

Encantado com a notícia de estarem a caminho duas crônicas. Espiche-as um pouco, daqui por diante, e sairão no “Correio”, onde sinto falta do seu nome. Escreva, minha filha, escreva. Quando estiver entediada, nostálgica, desocupada, neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras soltas, experimente fazer versos, artigos, pensamentos soltos, descreva como exercício o degrau da escada de seu edifício (saiu verso sem querer), escreva sempre, mesmo para não publicar e principalmente para não publicar. Não tenha a preocupação de fazer obras primas, que de há muito eu já perdi, se que algum dia a tive, mas só e simplesmente escrever, se exprimir, desenvolver um movimento interior que encontra em si próprio sua justificação. Isto é muito melhor do que traduzir Proust, distração que não distrai, porque é chata como toda tradução, e acaba nos desculpando muito fracamente perante nós mesmo de não havermos escrito por nossa conta e responsabilidade.

(trecho de uma carta de Drummond à sua filha, Maria Julieta; grifos meus)

Data da postagem original: 26.02.2012

Data atual: 11.04.2023

Dia a dia … ou… Arte no gerúndio: Vivendo

Visão Geral do Imparidade em:

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